
Ponto Africano - Tenda do Pilintra
Dança dos Orixás - Oficinas gratuitas
A dança africana possui uma importância multifacetada e profunda para o povo negro, atuando como um elo vital com a ancestralidade, um veículo de expressão cultural, uma ferramenta de resistência e um espaço de fortalecimento da identidade. Podemos detalhar essa importância nos seguintes pontos:
1. Conexão com a ancestralidade e preservação da história:
As danças tradicionais africanas carregam consigo histórias, mitos, rituais e conhecimentos ancestrais transmitidos de geração em geração. Para o povo negro na diáspora, essas danças representam uma ligação tangível com suas raízes africanas, ajudando a manter viva a memória de seus antepassados e suas culturas.
Em um contexto de apagamento histórico e cultural imposto pela escravidão e pelo racismo, a dança se torna uma forma poderosa de preservar e celebrar a herança africana.
2. Expressão cultural e identidade:
A dança africana é uma manifestação artística rica e diversificada, refletindo a pluralidade de culturas, ritmos e movimentos existentes no continente africano. Para o povo negro, praticar essas danças é afirmar sua identidade cultural, expressar suas emoções, celebrar sua beleza e compartilhar sua visão de mundo.
No Brasil, as danças de matriz africana, como o samba, o maracatu, o jongo e a capoeira (que também é luta), são expressões culturais únicas que surgiram da diáspora e se tornaram elementos centrais da identidade afro-brasileira.
3. Fortalecimento da autoestima e do empoderamento:
A prática da dança africana proporciona um espaço de aceitação, celebração do corpo negro e afirmação da beleza estética afrodescendente. Os movimentos, muitas vezes enérgicos e expressivos, promovem a consciência corporal, a autoconfiança e o orgulho da própria história e identidade.
Para muitos, a dança afro se torna um refúgio e uma fonte de força para enfrentar o racismo e outras formas de opressão.
4. Resistência cultural e política:
Historicamente, a dança tem sido uma forma de resistência para o povo negro. Durante a escravidão, por exemplo, as danças eram espaços de expressão de revolta, manutenção de tradições e criação de laços comunitários.
Hoje, a dança afro continua sendo uma ferramenta de luta contra o racismo e a discriminação, reivindicando visibilidade, respeito e valorização da cultura negra na sociedade. Cada passo e movimento podem ser vistos como um ato de resistência e afirmação.
5. Saúde física e mental:
Além dos aspectos culturais e identitários, a dança africana promove benefícios para a saúde física, como o desenvolvimento da coordenação motora, flexibilidade, força e resistência.
Do ponto de vista mental e emocional, a dança pode reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão, proporcionando um senso de bem-estar, alegria e conexão social.
Em suma, a dança africana transcende o mero entretenimento, representando para o povo negro um elo fundamental com o passado, uma poderosa forma de expressão no presente e uma ferramenta essencial para a construção de um futuro com identidade, respeito e igualdade.






